Notícia
SAÚDE CAIXA: Resultado reforça urgência acabar com o teto de custeio

Mesmo com uma reserva técnica de R$ 101,5 milhões, o plano apresentou um resultado assistencial negativo de R$ 154,1 milhões no primeiro bimestre. No período, as receitas foram de R$ 573,2 milhões e as despesas R$ 727,3 milhões. Ambas ficaram dentro do que foi projetado, o que evidencia que o déficit não é resultado de má gestão ou desequilíbrio nos parâmetros previstos, mas, sim, de um problema estrutural.
O principal entrave é o teto que limita os gastos da Caixa com saúde a 6,5% da folha de pagamentos. A limitação impede que o banco cumpra o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do Saúde Caixa, que prevê o custeio de 70% do plano por parte do patrocinador.
Com a limitação, a proporção das contribuições dos usuários tem se elevado progressivamente, aproximando-se de 50% dos custos totais do plano. O impacto é direto no bolso dos USUÁRIOS. As mensalidades cobradas já ultrapassaram o limite do razoável, independentemente da faixa salarial ou da idade dos beneficiários, tornando o acesso à saúde cada vez mais oneroso.
A conta não fecha
O saldo negativo do bimestre mostra que, para evitar um desequilíbrio financeiro ainda maior no curto prazo, é imprescindível que a Caixa altere o estatuto para que possa cumprir o que está previsto no ACT. Só assim será possível garantir a sustentabilidade do plano e preservar o caráter solidário e acessível do Saúde Caixa.
Próxima reunião
O banco se comprometeu a apresentar os dados consolidados do primeiro trimestre em nova reunião, prevista para ocorrer cerca de um mês após a divulgação do balanço trimestral da empresa. A data exata ainda será definida.
Redação AGECEF/BA