Notícia
Bancos debatem sobre política de diversidade

A Fenaban apresentou os resultados de uma pesquisa realizada com 35 bancos, os quais representam mais de 90% da categoria. Os dados revelaram progressos em diversas frentes, como a inclusão de pessoas com deficiência (PCDs), a ampliação das licenças-maternidade e paternidade, e o compromisso com a realização do 4º Censo da Diversidade. Também houve destaque para o acolhimento da proposta de criação de um protocolo específico de enfrentamento a casos de racismo e LGBTfobia, inclusive quando esses forem cometidos por clientes contra funcionários.
No que se refere às pessoas com deficiência, a pesquisa mostrou que 18.528 PCDs atuam hoje no setor bancário, o que corresponde a 4,28% da categoria. Foi destacada a importância da aplicação da cláusula 116 da CCT, que garante abono de ausência para conserto de próteses, com 101 registros de utilização entre setembro de 2024 e abril de 2025.
Em relação à ampliação das licenças, 84% dos bancos adotaram a extensão da licença-maternidade de 120 para 180 dias, e da licença-paternidade de 5 para 20 dias. Outros 6% informaram que implementarão a ampliação até o primeiro semestre de 2026, enquanto 6% ainda estão analisando a medida, e 4% não apresentaram previsão. É importante ressaltar que 100% dos bancos garantem o mesmo tratamento a casais homoafetivos. A adesão à nova política é expressiva: das 7.269 licenças-maternidade concedidas, 99,6% foram de 180 dias; e das 6.770 licenças-paternidade, 99,4% foram de 20 dias.
Na temática LGBTQIA+, os dados revelam que 97% dos bancos reconhecem uniões homoafetivas estáveis e aplicam os direitos da CCT aos cônjuges. Além disso, 71% orientam que os companheiros tenham acesso ao plano de saúde, sendo que atualmente 3.257 pessoas são dependentes dos cônjuges. Quanto às declarações de repúdio à discriminação LGBTQIA+, 71% dos bancos se posicionaram publicamente, 14% pretendem fazê-lo até o fim de 2025, 3% até o primeiro semestre de 2026 e 11% ainda não têm previsão.
Já as declarações de apoio à igualdade, com ênfase na população trans, foram realizadas por 69% das instituições; outras 11% se comprometeram para este ano, 3% para o primeiro semestre de 2026 e 17% ainda estão pendentes. Ainda nesse assunto, 91% dos bancos informam os empregados sobre respeito à população LGBTQIA+, 6% afirmaram que o farão e 3% estão pendentes.
Além disso, 86% das empresas disponibilizam canais de apoio para tratar de temas LGBTQIA+, sendo que 94% são os mesmos utilizados para denúncias de assédio moral, sexual e outras formas de violência. Outros 8% planejam implementar os canais ainda este ano, 3% até o primeiro semestre de 2026 e 3% ainda não têm prazo definido.
Redação AGECEF/BA