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Hora de buscar soluções para garantir um Saúde Caixa justo

A saúde dos empregados da Caixa, da ativa e aposentados, está sob ameaça. O Saúde Caixa, historicamente sustentado por um modelo solidário de custeio e referência em assistência médica entre os planos de autogestão, enfrenta um dos períodos mais críticos desde a criação. A manutenção do teto de 6,5% da folha para custeio por parte da empresa compromete o equilíbrio do convênio e impõe custos crescentes aos usuários, em especial os aposentados.

Nos últimos anos, a direção do banco tem adotado uma postura sistemática de transferência da responsabilidade para os empregados, sob a justificativa do teto estatutário de 6,5% da folha. Esse limite, vale lembrar, foi imposto unilateralmente pela empresa, tornando-se um verdadeiro obstáculo à sustentabilidade do modelo 70/30, no qual a Caixa se compromete a arcar com 70% dos custos assistenciais, e os usuários com os 30% restantes.

O problema é que a inflação médica avança em ritmo muito superior aos reajustes salariais. Consultas, exames, cirurgias, internações, todos os serviços de saúde, subiram de forma exponencial. Com o teto, quando a parte da empresa atinge 6,5% da folha, o banco simplesmente para de contribuir, e a conta recai integralmente sobre os empregados e aposentados. Ou seja, o que era para ser solidário virou um peso desproporcional para quem mais precisa de cuidado e tem menor capacidade de pagamento.

Comitê de Saúde e Bem-Estar da FENAG: um aliado

Diante do cenário alarmante, ganha ainda mais relevância o Comitê de Saúde e Bem-Estar da FENAG, criado a partir das demandas frequentes e recorrentes dos empregados associados às AGECEFs. Trata-se de uma instância permanente de estudo, avaliação e proposição de melhorias para o plano de saúde, com foco especial na busca por uma solução definitiva para o Saúde Caixa.

Neste momento, a missão do Comitê é estratégica: articular propostas concretas, com embasamento técnico e diálogo institucional, que garantam a sustentabilidade do Saúde Caixa sem penalizar os usuários. Não se trata apenas de preservar um benefício. Trata-se de assegurar dignidade, cuidado e respeito àqueles que constroem e construíram a história da Caixa.

Por um plano justo e acessível

É urgente que a Caixa reveja a postura. O limite de 6,5% da folha não pode se sobrepor ao direito à saúde dos empregados. A lógica da contenção de custos não pode atropelar a solidariedade que sempre norteou o modelo. A saúde dos trabalhadores e aposentados deve ser tratada como prioridade.

O Comitê de Saúde e Bem-Estar da FENAG segue mobilizado, estudando cenários e caminhos. Mas é fundamental que todos estejam atentos, mobilizados e unidos em defesa de um Saúde Caixa forte, justo e para todos.



Redação AGECEF/BA