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Cobrança de metas fora do expediente acende alerta sobre abusos no setor bancário

No setor bancário, é recorrente o uso de grupos corporativos em aplicativos de mensagens como ferramentas de controle e cobrança de metas. Reuniões fora do horário, mensagens à noite e até no fim de semana se tornaram parte da rotina. A pressão constante, muitas vezes não remunerada, compromete não apenas o tempo livre, mas também a saúde mental dos profissionais.
A decisão judicial em questão envolveu uma trabalhadora que, mesmo após encerrar oficialmente o expediente presencial continuava atuando remotamente, respondendo mensagens até às 20h40. A Justiça considerou a prática como prestação de serviço fora da jornada formal, reconhecendo o direito ao pagamento de horas extras com adicional de 50%, além de reflexos nas demais verbas trabalhistas. Ainda que a sentença seja de primeira instância e caiba recurso, é um avanço na proteção dos direitos dos trabalhadores, sobretudo depois da reforma trabalhista.
Para os bancários, a decisão representa uma luz no fim do túnel. O reconhecimento da Justiça serve como um precedente importante para combater abusos cometidos pelas empresas e para que os trabalhadores busquem apoio. É essencial reforçar que a cobrança de metas não pode ultrapassar os limites legais e que a desconexão fora do expediente é um direito.
A luta por condições dignas de trabalho passa por respeitar o tempo do trabalhador. E, nesse cenário, cada conquista judicial é um passo importante para a valorização e o bem-estar da categoria.
Redação AGECEF/BA