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AGECEF Bahia e a FENAG defendem revisão no SuperCaixa

Desde o anúncio do novo programa SuperCaixa, a AGECEF Bahia tem se posicionado a favor de um diálogo aberto e transparente com a direção do banco, buscando soluções para os problemas que surgiram após o anúncio da iniciativa. A Associação segue o entendimento defendido pela FENAG e cobra postura coerente por parte da Caixa em relação aos pilares ESG (ambientais, sociais e de governança) e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), com ênfase no ODS 8, que recomenda um trabalho ético e sustentável aliado ao crescimento econômico.

A FENAG formalizou um pedido de revisão das regras do programa, depois de pesquisa realizada com gestores de todo o Brasil. Quase 3 mil profissionais participaram do levantamento e a maioria considera o programa pouco transparente e injusto.

O modelo, que se baseia 100% nos habilitadores (resultado.caixa, CSAT e NS), coloca em risco o pagamento de comissões, muitas vezes por conta de pequenas variações nos indicadores, até mesmo por décimos de pontos no resultado. Isso cria um ambiente de insegurança e frustração.

Outro ponto de preocupação é a ausência de um mecanismo claro no regulamento para recursos e correções de distorções nos resultados. Durante reunião com representantes da Caixa, a FENAG sugeriu a implementação de deflatores e escalonamentos, como já ocorre com o NS a partir de 71%. A proposta visa garantir uma avaliação mais justa e menos punitiva, especialmente considerando que a lógica dos “dias D”, um dos pilares do programa, reforça o individualismo e cria um clima de competição.

A direção da Caixa informou que o resultado do primeiro semestre de 2025 não seria considerado para a avaliação dos profissionais, o que também gerou insatisfação. A decisão desvaloriza o esforço já realizado. A FENAG solicitou a revisão da decisão, e o banco se comprometeu em estudar a questão.

No entanto, um ponto segue sem solução. A Caixa afirmou que, apesar de estar disposta a ouvir contribuições, não há margem para negociação quanto ao cumprimento de 100% dos habilitadores do programa, conforme estipulado no regulamento. A postura vai de encontro ao que defendem as associações, que acreditam que a liderança vai muito além de números. A liderança deve envolver a capacidade de ouvir, engajar, cuidar e entregar resultados com propósito, valores que não podem ser medidos apenas por indicadores frios.

A AGECEF Bahia acompanha de perto as conversas da FENAG na tentativa de construir um programa mais justo e alinhado aos princípios de responsabilidade social.

Redação AGECEF/BA