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AGECEF acompanha debate sobre soberania e os desafios da categoria
									
									
									 
A 27ª Conferência dos Bancários da Bahia e Sergipe, realizada em Salvador, trouxe debates sobre a defesa da democracia e da soberania nacional, destacando os ataques dos EUA, como o aumento de 50% nas tarifas sobre produtos brasileiros, que visam enfraquecer o BRICS e a nova ordem multipolar.O secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte Augusto Vasconcelos e o professor José Kobori ressaltaram que a política monetária e os juros altos do Brasil transferem riquezas para o sistema financeiro, enquanto afetam os trabalhadores.
No campo das entidades representativas, Joaquim de Carvalho, do Brasil 247, criticou a grande mídia por ser financiada pelos bancos e por não defender os interesses da democracia e da maioria da população.
Emprego e saúde são desafios para os bancários
A automação e a precarização do trabalho são desafios crescentes para os bancários. Entre 2022 e 2023, os principais bancos fecharam 1.535 agências. Em consulta à categoria, os dados revelaram desigualdade racial e de gênero, com apenas 10,2% de profissionais negros e 22,9% reconhecendo a disparidade salarial entre homens e mulheres.
Além disso, 49,5% dos bancários têm afastamentos por ansiedade e 27,1% por depressão, fazendo da categoria a mais afetada por transtornos mentais na Bahia. O psicólogo André Guerra destacou que a pressão constante, as metas abusivas e a lógica de transformar o profissional em peça descartável são os principais fatores que causam o adoecimento.
A Inteligência Artificial é outro grande desafio, com o pesquisador Leandro Andrade alertando para os limites da IA, que, apesar de ser uma ferramenta útil, não substitui o trabalho humano e pode agravar desigualdades. Os bancos já planejam demitir 200 mil trabalhadores nos próximos anos.
De acordo com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), um em cada quatro empregos está sob risco. Leandro Andrade também criticou a lógica sistema financeiro, que prioriza a automação em detrimento dos direitos.
Saúde Caixa: um plano em risco
A AGECEF BAHIA segue atenta às discussões sobre os direitos dos empregados da Caixa, especialmente em relação ao Saúde Caixa. Durante o encontro específico, os participantes ficaram por dentro das demandas apresentadas à direção da empresa, como a melhoria na rede de credenciados, a manutenção dos princípios do convênio médico e o fim do teto de 6,5% da folha de pagamento.
O limitador tem gerado sérios prejuízos aos usuários. Para se ter ideia, atualmente a Caixa paga apenas 54% das despesas do plano, muito abaixo do estipulado, de 70%.
Redação AGECEF/BA