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AGECEF discute fechamento de agências e reestruturação na Caixa

A reestruturação em curso na Caixa provoca mudanças profundas na dinâmica de trabalho nas agências e departamentos em todo o país. O processo tem causado instabilidade, insegurança e sobrecarga entre os profissionais, que lidam com mudanças na rotina e impactos diretos na saúde mental.

Uma das preocupações crescentes é o rumo com que o banco tem sinalizado ao adotar medidas que indicam uma possível transformação da Caixa em um banco digital. O fechamento de agências mostra. O assunto ganhou corpo com o anúncio do encerramento da unidade Garibaldi Prime.

A movimentação afeta os empregados e tem impacto direto entre os clientes, especialmente os que dependem do atendimento presencial, e traz prejuízos à economia e ao desenvolvimento local. Em um país com grande desigualdade de acesso digital, a substituição de agências físicas por modelos digitais compromete a inclusão financeira e social.

Vale ressaltar que a Caixa é a principal operadora das políticas públicas do governo federal, com atuação decisiva em programas como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, FGTS, entre outros. Fechar agências, mesmo as consideradas deficitárias, enfraquece a capacidade do banco de cumprir a missão social.

Diante do cenário, AGECEF Bahia, Sindicato e a Superintendência Regional (SR) Salvador se reuniram nesta quinta-feira (07/08) para tratar das consequências da reestruturação. A SR informou estar buscando a melhor forma de realocar os empregados atingidos pelas mudanças. No entanto, a AGECEF reafirmou posição contrária ao fechamento de agências e à condução de medidas sem a devida participação das entidades representativas.

Outro ponto discutido foi o novo modelo de agência digital, que estimula a concorrência interna e aprofunda a pressão sobre os gestores. A AGECEF considera fundamental que qualquer mudança estrutural seja debatida previamente. A preocupação não é com a modernização, mas com a forma unilateral como medidas são implementadas, a exemplo do SuperCaixa, ferramenta recentemente introduzida sem consulta prévia às entidades representativas e aos empregados, e que trouxe impacto direto na rotina e nas funções dos gestores.

Participaram da reunião, a presidente em exercício da AGECEF Bahia, Karem Santana, os diretores Érico de Jesus (Administrativo/Financeiro), Carlos Alberto Costa (Institucional), Antônio Messias (Secretário), o presidente do Sindicato Elder Perez, além do Superintendente Regional Salvador em exercício Eduardo Murta, e o gerente administrativo da SR, Marco Queiroz.

Redação AGECEF/BA