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Dezembro se aproxima e nada de proposta para o Saúde Caixa

Faltam pouco mais de quatro meses para dezembro, e até agora a Caixa não apresentou proposta para preservar de forma efetiva o Saúde Caixa. A demora aumenta a angústia entre os empregados, que vivem a incerteza sobre o futuro do convênio médico.

O agravamento do déficit é mais um sinal de alerta. De acordo com dados da própria empresa, no primeiro semestre de 2025, a arrecadação somou R$ 1,7 bilhão, frente a despesas que chegaram a R$ 2,1 bilhões. O saldo negativo de R$ 400 milhões tende a aumentar até o fim do ano.

A Caixa alega que 90% dos custos do plano concentram-se nos últimos seis meses de vida dos participantes, no entanto não apresenta propostas para enfrentar a dinâmica. Atualmente, o Saúde Caixa tem cerca de 125 mil usuários. Em janeiro, o plano registrou um pico de evasão, com 1.156 pedidos de desligamento, número preocupante.

Diante do cenário, na última reunião com a direção do banco, na semana passada, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) reforçou que a sustentabilidade da assistência passa por medidas que respeitem o princípio da solidariedade, e não por repasses injustos de custos aos usuários. Para isso, é fundamental extinguir o teto de 6,5% de participação da empresa no custeio, o que sobrecarrega os empregados.

A CEE também reforçou que não vai aceitar reajuste e cobrou mais transparência nos dados, especialmente em relação ao uso da telemedicina e os impactos nas despesas do plano. Outro ponto importante é a atenção primária à saúde. É urgente ampliar os investimentos em prevenção, com a realização de exames periódicos, controle efetivo de doenças crônicas e programas contínuos de acompanhamento. Sem isso, o plano continuará absorvendo despesas elevadas apenas nos casos mais graves.

Vale destacar que os empregados vêm arcando sozinhos com os sucessivos aumentos nos custos do Saúde Caixa. A empresa, por sua vez, segue sem apresentar soluções efetivas.

Redação AGECEF/BA