NOTÍCIA


GT cobra da Caixa transparência sobre o projeto Teia

Na última reunião do Grupo de Trabalho (GT) Bancário/Caixa do Futuro, realizada na semana passada, representantes dos trabalhadores cobraram da direção da Caixa detalhes sobre o projeto Teia (Transformação, Engajamento, Inovação e Aprendizado). O plano, apresentado como parte da estratégia de transformação digital do banco, ainda carece de explicações transparentes sobre os impactos reais para os empregados, a estrutura da instituição e a população atendida.

Diante do avanço acelerado das soluções digitais no sistema financeiro e da atuação crescente das fintechs, é evidente que a Caixa precisa se modernizar. No entanto, como banco público, possui uma função social única que deve ser preservada e fortalecida neste processo. O banco é responsável pela gestão de programas sociais fundamentais, como o Bolsa Família, que atendem majoritariamente à população de baixa renda, muitas vezes sem acesso estável à internet.

Por isso, a modernização não pode ser sinônimo de exclusão. É essencial que o processo seja coletivo, transparente e com participação efetiva das entidades. O papel estratégico da Caixa na inclusão bancária e social do país não pode ser tratado como um obstáculo à digitalização. Ao contrário, deve ser o norte do projeto de inovação.

Ao invés de promover o fechamento de agências, como vem ocorrendo em diversas regiões do país, inclusive na Bahia, é fundamental fortalecer a presença física da Caixa, assegurando atendimento humanizado, preservação de empregos e proximidade com a população que mais precisa. O enfraquecimento da rede de agências contraria a missão pública do banco e compromete a qualidade dos serviços prestados.

Outro ponto de preocupação é a terceirização de atividades essenciais e a adoção de medidas de segmentação ou reposicionamento de unidades sem planejamento adequado. Tais ações tendem a sobrecarregar os empregados, precarizar relações de trabalho e ainda prejudicar a imagem institucional da Caixa perante a sociedade.

Redação AGECEF/BA