NOTÍCIA
Dia de Luta mostra força em defesa do Saúde Caixa
									
									
									 
O Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa, realizado nesta terça-feira (07/10), pelos empregados da Caixa foi marcado por fortes mobilizações em todo o país. Agências e prédios administrativos registraram paralisações e protestos, com forte adesão dos empregados. A adesão está crescendo, mas ainda há muito a fazer. É preciso ampliar o movimento e preparar os trabalhadores para medidas mais duras, inclusive a possibilidade de uma greve nacional, afinal o Saúde Caixa é direito garantido em Acordo Coletivo de Trabalho, resultado de décadas de luta.
O banco, no entanto, tenta desmontar o plano ao manter o teto de 6,5% da folha salarial para os gastos com saúde, um limite arbitrário que compromete a sustentabilidade do modelo e exclui parte dos usuários do acesso ao convênio.
A proposta apresentada em negociação nesta segunda-feira (06/10) pela empresa é inaceitável: aumento da contribuição dos titulares de 3,5% para 5,5%, reajuste no valor por dependente de R$ 480,00 para R$ 672,00 e um salto no teto de contribuição dos empregados, que passaria de até 7% para até 12% da remuneração base. Isso significa um aumento médio de 71% nos custos máximos, com reajuste de até 57% para titulares e 40% para dependentes.
"Esta proposta só piora a situação dos empregados. Então precisamos mobilizar enquanto entidades e também usuários, para que a Caixa aceite o reajuste 0 que é o que defendemos”, destacou o diretor da AGECEF Bahia, Glauber de Moura Carneiro. A presidente da Associação, Karem Santana, falou de outra importante reivindicação. “A Caixa não queria sequer incluir esse pessoal (pós 2018) no Saúde Caixa. Em 2020, conseguimos a inclusão deles no plano, mas o banco não contribui com sua parte no custeio do plano a partir do momento que eles se aposentam. Quem quer manter o Saúde Caixa tem que arcar com o custo integral das mensalidades”.
Sentindo a pressão da mobilização, a Caixa cancelou a reunião marcada para esta terça-feira (07/10), sob a justificativa de que “não negocia com paralisação”. Esse tipo de postura não condiz com o papel de um banco 100% público.
Como um governo eleito com o discurso de reconstrução democrática permite que os empregados sejam tratados com tamanho desrespeito? A política de teto e de repasse de custos mostra que a Caixa, neste momento, está na contramão da política pública que deveria cumprir
Nesta quarta-feira (08/10), o Comando Nacional dos Bancários realiza reunião virtual. E no dia 14, os representantes dos empregados devem aproveitar a audiência pública em homenagem aos 40 anos da histórica greve de 1985 para conversar com parlamentares para ampliar a pressão.
É hora de intensificar
A mobilização precisa continuar crescendo. Mais que nunca, é hora de pressionar a Caixa, envolver os colegas, conversar com a sociedade e fortalecer o espírito de luta da categoria. Se o banco insiste em atacar direitos históricos, os empregados precisam mostrar que sabem se defender.
Redação AGECEF/BA